A chegada de um bebê transforma tudo. O nascimento de um filho é também o nascimento de uma mãe — e com isso, vem uma montanha-russa de emoções, sensações e descobertas que muita gente evita comentar. O puerpério, ou pós-parto, é uma fase intensa, linda, mas também extremamente desafiadora. E por mais que a gente se prepare, existem aspectos dessa jornada que só são compreendidos vivendo.
Hoje, queremos abrir espaço para falar sobre isso com sinceridade. Porque maternidade real é feita de amor, mas também de cansaço, dúvidas, lágrimas e aprendizados.
1. Você vai se sentir um pouco perdida (e tudo bem!)
Depois do parto, muitas mulheres sentem que perderam o controle. O corpo está diferente, a rotina virou de cabeça pra baixo, o bebê demanda 24h por dia e você mal consegue lembrar da última vez que comeu ou tomou banho com calma. Essa sensação de desorientação é normal. É o seu cérebro tentando se adaptar a uma nova realidade, intensa e inédita.
2. O corpo não "volta ao normal" — ele se transforma
Existe uma pressão enorme para que a mulher "recupere o corpo de antes", mas a verdade é que seu corpo agora carrega uma história poderosa. Umas cicatrizes, umas dobras a mais, uma nova forma de existir. Seja gentil consigo mesma. Você merece respeito e cuidado, não cobranças.
3. O choro pode virar rotina
Você pode se pegar chorando por nada. Ou por tudo. O puerpério mexe com os hormônios, e o emocional fica à flor da pele. Chorar não é sinal de fraqueza, é forma de extravasar. Fale sobre o que está sentindo, busque apoio e, se necessário, orientação profissional. Sua saúde mental importa — muito.
4. Você pode se sentir sozinha, mesmo rodeada de gente
Mesmo com visitas, família e mensagens de carinho, a solidão materna é real. Isso porque ninguém além de você sente, com tanta intensidade, o peso (e o privilégio) da responsabilidade de cuidar de um ser tão pequeno e dependente. Por isso, ter uma rede de apoio real, que acolhe sem julgar, faz toda a diferença.
5. Nem sempre o amor é imediato — e isso não te faz uma mãe ruim
O vínculo com o bebê, para algumas mulheres, não acontece num passe de mágica. Às vezes ele é construído aos poucos, no cheiro, no toque, nos olhares trocados durante a madrugada. E tudo bem. O amor também pode nascer devagar, com raízes profundas.
Se você está vivendo o puerpério...
Saiba que você não está sozinha. Você é forte, mesmo nos dias em que sente que não é. Você está fazendo o seu melhor — e isso já é muito. A maternidade real é feita de altos e baixos, mas também de uma força que ninguém tira de você.
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